Às três da tarde, já são poucos os clientes a terminar o almoço, mas, se a esta hora chegasse um grupo de 20 pessoas, em apenas 20 minutos estaria todo a comer. Na Vaccarum, a steak house que Guido Arroiol e o seu filho, Miguel, abriram junto ao Mercado do Bolhão, no Porto, a brasa está sempre acesa e a carne pronta a sair. “Em Portugal temos boa carne, mas é pouca, enquanto a Austrália e o Uruguai produzem grandes quantidades, e já vem cortada como pretendemos”, justifica o proprietário. Apresentada como estrela maior da ementa, ao lado alinham apenas bacalhau, polvo e salmão. Tudo grelhado, claro.
Aos típicos cortes americanos t-bone (€43) e tomahawk (€45) juntam-se o bife (€12), a espetada (€26), a picanha black angus (€16,50) e a posta (€12). Temperados só com sal, os nacos chegam à mesa com molho, mais ou menos picante, que cada um põe a gosto. “Uma boa carne não precisa de mais nada”, garante Guido Arroiol, que sabe bem do que fala. Depois de 27 anos a viver entre Caracas e Macaraibo, na Venezuela, e a viajar pela Argentina e pelo Chile, países conhecidos pela “comida de lume”, Guido decidiu lançar-se num negócio ligado ao churrasco. “O mecanismo da nossa grelha, que sobe e desce, é igual ao usado nesses países.”
Na sala, onde se sentam 80 pessoas, o aspeto rústico é conferido não só pelo granito das paredes mas também pelos tons sóbrios da decoração, pela iluminação suave e pelas originais garrafeiras, desenhadas pela arquiteta Marta Arvela e feitas apenas com velhas tábuas e rede que se estende até ao teto. Na ementa constam ainda petiscos, como caldo-verde, pataniscas, alheira, tábuas de queijo e presunto, e até francesinha, com ou sem ovo (€9). E haja apetite para chegar à sobremesa, com opções como cheesecake, mousse e leite-creme (€3,50). “Tudo feito por nós”, assegura Guido.
Vaccarum > R. Fernandes Tomás, 839, Porto > T. 22 112 7181 > seg-qui, dom 11h30-24h, sex-sáb 11h30-1h30