É um disco? É um filme? É um exercício artístico de psicanálise? Living Room Bohemian Apocalypse, o mais recente trabalho de David Fonseca, é isso tudo e agora é também um espetáculo, com os primeiros concertos de apresentação, em Lisboa e no Porto, marcados para 4 e 12 de outubro.
Gravado e filmado ao longo dos últimos dois anos, este videoálbum, chamemos-lhe assim, é composto por sete canções, dadas a conhecer sob a forma de episódios ao longo de três meses. A primeira canção-capítulo a ser conhecida foi Chasing The Light, ainda em abril, seguindo-se, em maio, Live It Up, I Gotta Learn How To Let You Go, Love Me Or Leave Me e In The Zone. No mês seguinte foi a vez de Not You e de Falling Out Of Love. A ideia, como o próprio revela, “surgiu durante o confinamento, mas depressa se tornou algo muito mais ambicioso”, transformando-se numa espécie de viagem interior pelo próprio universo criativo do artista, que contou com a participação de nomes como Filomena Cautela, Joaquim Monchique, Sofia Grillo ou Raquel Henriques, para darem corpo às personagens por si imaginadas.
As canções estão pela ordem em que foram feitas e, através delas, é contada uma história, que, segundo David Fonseca, “é metáfora do meu processo criativo, para mostrar a forma por vezes tão surreal como as canções surgem e tomam conta do meu espaço”.
Nestas primeiras apresentações ao vivo, porém, a linguagem cinematográfica será mais diluída, pois enquanto “o cinema pede silêncio, concentração e escuridão, um espetáculo ao vivo tem de ter confusão, gritos, aplausos, luzes”. Ou seja, “não será um simples concerto nem apenas um filme musicado, mas mais uma experiência multimédia que irá tentar misturar em palco todas essas diferentes linguagens”.
David Fonseca > Teatro Tivoli > Av. da Liberdade, 182A > T. 21 315 1050 > 4 out, ter 21h > €15 a €22,50 > Teatro Sá da Bandeira > R. Sá da Bandeira, 108, Porto > T. 22 200 3595 > 12 out, sáb 21h30 > €15 a €22,50
