Sabia que o algarvio D. Rodrigo surgiu no ano do terramoto de 1755, quando a baixa de Lagos foi totalmente destruída e o governador da Praça, um fidalgo chamado Rodrigo, auxiliou os sinistrados?
E que o Porto tem um doce conventual, os Ovos em Fio, criado no antigo Mosteiro de São Bento de Ave-Maria, atual Estação de S. Bento?
Estas e muitas outras curiosidades de doçaria conventual portuguesa são desvendadas (e confecionadas) pela Doces com História, um projeto surgido há um ano e meio no Porto que pretende recuperar memórias esquecidas.
“Queremos associar os produtos à nossa história”, defende Luís Marvão, o proprietário. A pesquisa é feita “sobretudo, em bibliotecas”, conta. Desde os tempos da descoberta da Rota do Açúcar às especiarias do Oriente.
O Toucinho-do-céu, o Camafeu (da ilha Terceira dos Açores), os Papos de Anjo (de Beja), o Pão de Rala (de Évora), a Encharcada (do Alentejo), os Rebuçados da Paixão (de Viana do Castelo), a Palmilhada de Pinhão (de Alcácer do Sal), as Fatias da China (de Tomar) são alguns dos doces já “recuperados ” pela empresa.
E as iguarias (a partir de €1), são acompanhadas pela história de cada uma. Encontra-as à venda na Padaria Formosa, Mercearia das Flores, Saboriccia (Porto) e Muuda (Guimarães) ou em www.docescomhistoria.pnh.pt.