Esta intenção, “na sequência de decisão do seu acionista maioritário Fidelidade”, passa por “pedir a admissão à negociação das ações representativas do seu capital social na bolsa de valores Euronext Lisboa, no quadro da realização de uma projetada oferta pública de venda”.
Segundo o grupo, a concretizar-se, “esta operação cria melhores condições para a continuada expansão e crescimento da empresa no setor da saúde”.
Além disso, “em paralelo com a prevista oferta pública de venda, a Luz Saúde prevê realizar um aumento de capital de, aproximadamente, 100 milhões de euros, através da emissão de novas ações destinadas a investidores institucionais, tanto nacionais como internacionais”, indicou, uma operação para “apoiar o crescimento de longo prazo da Luz Saúde, mantendo, assim, uma estrutura de capital mais robusta”.
Após esta oferta, “a Fidelidade pretende manter a maioria do capital social da Luz Saúde”, lê-se, na mesma nota.
No comunicado, a empresa disse que espera que “a oferta pública de venda de ações seja realizada através da colocação privada, tanto em Portugal como no estrangeiro, incluindo nos Estados Unidos, dirigida a determinados investidores institucionais qualificados (QIB)”, sendo que a “admissão das ações à negociação na Euronext Lisboa estará sujeita à aprovação de um prospeto pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)”.
O grupo assegurou ainda que tem conseguido “um forte crescimento histórico” e “uma melhoria significativa na sua rentabilidade”, destacando que “em 2022 e 2023 alcançou um crescimento de receitas de dois dígitos (10% e 12%, respetivamente)”, devido ao “crescimento sustentado do nível de atividade em todas as unidades”, bem como à “continuação de medidas de eficiência de custos e alavancagem operacional”.
“Esta potencial transação é um elemento-chave na estratégia do grupo Fidelidade e da Luz Saúde”, disse Rogério Campos Henriques, presidente executivo da Fidelidade, citado na mesma nota.
Para o gestor, esta operação representa “mais um passo no plano de otimização de capital da Fidelidade, que passará a dispor de indicadores de solvência ainda mais robustos”, permitindo “continuar a beneficiar dos efeitos de diversificação, através de uma participação maioritária na Luz Saúde”.
“Como acionista maioritário, a Fidelidade mantém um compromisso firme com o sucesso contínuo da Luz Saúde”, rematou.
A Luz Saúde opera 29 unidades, incluindo hospitais, clínicas ambulatórias e uma residência sénior, segundo os dados divulgados pelo grupo, que garante que a empresa “chega a 75% da população portuguesa”.
Conta com “uma equipa composta por 4.876 médicos, 2.587 enfermeiros, 1.308 técnicos e 1.126 camas”, sendo que, no ano passado, “os seus 14 hospitais atenderam mais de 1,1 milhões de pacientes e geraram 92,6% das receitas da empresa”.
Segundo o comunicado, “as 14 clínicas ambulatórias serviram cerca de 246 mil pacientes externos e contribuíram com 6,1% para as receitas anuais. A rede inclui também uma residência sénior, responsável por 0,9% das receitas”, referiu.
ALN // CSJ