Os dados sobre a XE ainda são poucos mas os que estão disponíveis estão a ser analisados pela Agência de Segurança para a Saúde do Reino Unido (UKHSCA na sigla em inglês), que, para já, acredita que esta mutação pode ser 10% mais transmissível do que a BA.2. Susan Hopkins, da UKHSCA, explica, no entanto, em comunicado, que estas variantes, conhecidas como recombinações, tendem a desaparecer “relativamente depressa”.
O discurso tranquilizador é partilhado pelo epidemiologista John Brownstein, do hospital pediátrico de Boston, que assegura que “por agora não há uma preocupação em relação à saúde pública”. “As variantes recombinadas aparecem uma e outra vez. Na verdade, a razão para esta ser a XE é porque já tivemos uma XA, XB, XC e XD e nenhuma destas foi motivo para preocupação”.
“É possível que seja mais transmissível, mas isso não significa que seja necessariamente mais grave. E dado o número de infeções que já tivemos com a Ómicron, não é de todo claro que mesmo o ser mais transmissível signifique que vamos ver qualquer impacto desta variante”, acrescenta o especialista.
Esta maior taxa de crescimento comunitário na ordem os 10% foi também encontrada pela Organização Mundial de Saúde nas suas estimativas.
A XE foi detetada pela primeira vez no Reino Unido em janeiro.