Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de East Anglia, em Norwich, na Inglaterra, dá conta de que as mulheres que seguem uma dieta mediterrânica têm menos propensão a ter um AVC no futuro, relativamente asos homens, em que os efeitos desse tipo de alimentação não é tão notório.
Estudos anteriores com foco na dieta mediterrânica, que se baseia na ingestão de alimentos naturais e não processados, legumes, leguminosas e frutas, assim como em saladas temperadas com azeite e vinagre e alguns laticíneos, tinham já mencionado os seus benefícios em várias questões relacionadas com a saúde.
Além de reduzir o risco de se vir a desenvolver uma doença cardíaca, esta dieta já foi associada à diminuição do risco de demência e, recentemente, até à ajuda na proteção contra a poluição do ar.
Nesta nova investigação, publicada na revista científica da Associação Americana do Coração (American Heart Association) e que envolveu mais de 20 mil participantes, os pesquisadores concluíram que as mulheres que têm 40 anos ou mais podem reduzir o risco de um avc em mais de um quinto, caso sigam uma dieta mediterrânica. Mas o mesmo já não acontece com os homens que fazem o mesmo tipo de alimentação.
Apesar de este tipo de dieta poder ter pequenas variações de país para país, alimentos como as frutas, os legumes, os cereais e a carne e o peixe mantêm-se sempre. A ingestão de gorduras saudáveis, como o azeite de oliva, nozes e sementes e peixes oleosos, também é uma peça-chave neste tipo de alimentação.
É a combinação de todos os alimentos associados a esta dieta que pode fazer com que as mulheres reduzam o risco de virem a ter um AVC mais tarde, e não se deve ingerir apenas certos alimentos da dieta, como explica Ailsa Welch, uma das autoras do estudo.