A Grande Barreira de Coral existe há quase um milhão de anos, muito antes de os primeiros Homo sapiens surgirem em África. Durante todo este tempo, cresceu e prosperou, até ocupar uma área quatro vezes maior do que Portugal e tornar-se o habitat de milhares de animais marinhos, entre mamíferos, peixes, moluscos. Sobreviveu a todo o tipo de desastres naturais e mudanças no clima.
Hoje, encontra-se seriamente em risco de desaparecer, vítima dos excessos da sociedade moderna. Grande parte das emissões de dióxido de carbono são absorvidas pelo mar, acidificando as águas e assim deteriorando os corais, que necessitam de um pH mais elevado. O aquecimento global, provocado por essas mesmas emissões, está também a aquecer as águas, desencadeando branqueamentos em massa (quando o coral perde os organismos com que vive em simbiose), e a causar tempestades mais intensas, que infligem danos irreparáveis nas estruturas. A poluição decorrente da agricultura, da exploração mineira e de acidentes com navios que passam na região são outras causas da degradação crescente.
