Viva, bom-dia
Nos anos 90 do século passado, a presença de jornalistas portugueses em Timor-Leste era proibida pelo regime de Suharto. O massacre do cemitério de Santa Cruz ocorreu em 1991, mas uma boa parte do mundo só despertou para a causa timorense quando a Academia Sueca anunciou que o Nobel da Paz desse ano ia ser atribuído a José Ramos Horta e Ximenes Belo, líder da resistência católica e bispo de Díli, respetivamente. “Era fundamental conhecer o que se passava em Díli, num momento crucial para o futuro dos timorenses. Tarefa difícil e arriscada, valia a pena tentar trazer, na edição seguinte, notícias frescas e não censuradas pelas autoridades indonésias”, escrevíamos, na Linha direta, secção que se mantém até hoje (!) e que tem como objetivo revelar um pouco dos bastidores de cada edição da VISÃO.