Uma vida debaixo de água
Gouveia e Melo viveu 22 anos dentro de submarinos. Nasceu em Quelimane, Moçambique, em 1960, e tinha 19 anos quando entrou para a Escola Naval. Mas foi na década de 1980 que trocou a terra pelo mar. Fez parte da tripulação dos submarinos Albacora, Barracuda e Delfim como oficial de guarnição e de comando. Depois, viria a ser responsável pelo Serviço de Treino e Avaliação da Esquadrilha de Submarinos e pelo Estado-Maior da Autoridade Nacional para o Controlo de Operações de Submarinos. Submarinista de especialidade, o adjunto para o Planeamento e Coordenação do Estado-Maior–General das Forças Armadas tem ainda formação no ramo das comunicações e da eletrónica.
Com os pés na terra
Entre os pares, é conhecido por pôr a casa em ordem e até o primeiro–ministro, António Costa, já elogiou a sua capacidade. Dizem-no destemido; um estratega com os olhos postos na missão. Ele próprio se autodenominou, na última semana, um “silent servant” (um servidor discreto) e é considerado, pelo almirante Melo Gomes, ex-Chefe do Estado-Maior da Armada, uma “das melhores cabeças da Marinha”. No currículo, Gouveia e Melo soma distinções, como a Ordem Militar de Avis – Grau Comendador e a medalha da Ordem do Mérito Naval – Grau Grande Oficial da Marinha brasileira.