Se o Império ainda existisse e António Costa fosse vice-rei da Índia e tivesse direito a cognome, chamar-lhe-iam Costa I, o Susegad. Adivinha-se facilmente, a fonética não engana. Susegad, palavra do dialeto goês Konkani, deriva do Português “sossegado” e define alguém que é espartano, descontraído e que não se leva demasiado a sério. Pois foi isso mesmo que lhe chamaram na imprensa local. Mas os jornais de expansão nacional não são menos entusiásticos: “Viva António Costa, o homem de Goa em Portugal!”, titulava o Times of India, quando Costa chegou a líder do PS.
Outros, como o Industan Times, chamaram-lhe “o Gandhi de Lisboa”. Não apenas por ter origens indianas (por via do pai, o escritor Orlando Costa, de famílias goesas), um tom de pele mais escuro e exercer um cargo político de topo, mas, precisamente, porque, enquanto presidente da Câmara de Lisboa, mudou o seu gabinete para o Intendente “uma zona degradada de droga e prostituição”. Aquilo que o editorialista indiano interpretou como “proximidade aos mais pobres”, ajudou-o a ensaiar a rebuscada comparação com o pai da independência ndiana. Pelos vistos, os indianos conhecem melhor António Costa (e a capital de que foi autarca…) do que os seus próprios compatriotas.
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