A queda do Governo francês era esperada, mas foi um golpe duro para Macron e Barnier. A coligação negativa venceu na Assembleia. Resultado: a França mergulha novamente na instabilidade crónica dos últimos anos.
Barnier tinha o perfil. Era o “negociador do Brexit”, o homem da experiência e da maturidade. Mas isso não chega. A direita francesa sente o cheiro do poder e está pronta a ocupar o espaço. Macron, por sua vez, sai ainda mais enfraquecido, fragilizado, estonteado.
Isto é mau para a Europa. Pior para Portugal. Mas a política decide-se nas urnas. Se Macron não encontrar rapidamente uma solução sólida, o poder passará para a direita populista. E não há volta a dar.