Esteve morto e enterrado durante sete dias, mas Macron e a Frente de Esquerda conseguiram o «joker» na 2ª volta. Derrota pesada para a União Nacional e o jovem aspirante a novo primeiro-ministro. Os franceses perceberam o que se jogava neste domingo, e foram votar maciçamente.
Conviria, agora, que os partidos ao centro e à esquerda se entendessem sobre o novo Governo, já que nenhum deles, isoladamente, teve a maioria absoluta. É a geringonça à francesa, mas que salvou Macron de um sarilho político impensável. Vai ter de deixar a Frente Popular governar – Mélenchon já pediu a cadeira de PM – mas o partido presidencial terá um papel relevante na Assembleia para conter a «nova» Frente Popular.
É inequívoco que a União Nacional de Le Pen e Jordan Bardella ganhou peso na Assembleia Nacional, mas a desilusão é grande para quem sonhava com uma maioria absoluta. A 2ª volta das eleições francesas é um modelo eleitoral que permite reviravoltas frequentes. Antes assim. A vitória da extrema-direita em França seria um desastre para a União Europeia, para a NATO e para a Ucrânia. E era nisso que Putin apostava e investia.
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