Havia uma maioria absoluta de um partido que sustentava um governo. Poucos meses depois das eleições, o Ministério Público anunciou publicamente que tinha sérias dúvidas sobre a conduta do anterior primeiro-ministro. Sendo, na prática, impossível que o mais importante político governe quando o detentor da ação penal diz à comunidade tal coisa, António Costa teve de se demitir.
O Presidente da República, constitucionalista emérito, esqueceu-se de que as pessoas não votam para eleger um primeiro-ministro, mas sim deputados. Assim sendo, não perguntou ao partido detentor da confiança da maioria absoluta dos portugueses se tinha uma alternativa para chefiar o governo e conduziu o País para eleições.