A cheganização do PSD, enésima parte
O PSD deixou de ser social-democrata para se aliar à extrema-direita. O partido que fundou a democracia portuguesa e contribuiu decisivamente para os melhores 50 anos da nossa História não merecia morrer assim
Memória e decência
Só alguém com uma falta de memória grave ou, no mínimo, sem consciência da memória coletiva pode ser o autor de uma lei de imigração que se esquece do que é a História do povo português, do povo de emigrantes que somos
O PS está a aprender grego e francês?
As redes sociais são, para o bem e para o mal, onde, hoje, em larga medida, se forma a opinião, mas os socialistas escolhem não estar lá
Haja decência e mude-se o nome do PSD
O PSD e o Governo estão a contribuir de forma muito relevante para o clima de ódio que existe em relação aos imigrantes. Mais, serão corresponsáveis por tudo o que vier a passar-se de bullying e violência
Provar a inocência ou o regresso da Inquisição
Chegar ao cúmulo de ver um PGR a dizer alto e em bom som que “se deve dar oportunidade de provar a inocência” vai para lá do imaginável
Os melhores 50 anos da nossa História
Não há dados científicos suficientemente claros que permitam inequivocamente dizer que os últimos 50 anos foram aqueles em que mais portugueses viveram melhor. Mas desafio qualquer historiador a dizer-me em que época tantos viram a sua vida melhorar
Os colaboracionistas que falam da extrema-esquerda
E que violência física e atentados têm sido perpetrados pela extrema-esquerda? Que discurso de ódio tem de lá vindo? Ouvi uns patuscos a falar dos perigosos ativistas climáticos, mas só pode ter sido humor involuntário
As redes sociais fazem a verdade, e agora?
Aceitar a mentira não a torna verdade, mas perpetua-a e legitima quem a propaga
O Orwell e as reformas estruturais
As “reformas estruturais” não passam de vontades políticas. Como a política está malvista e as pessoas não têm coragem de assumir as suas convicções, arranjam uma expressão pomposa que querem que pareça anódina
A bolha
Os novos ditadores perceberam que seria muito mais eficaz atrair e agregar pelo insulto, pela ofensa, pela difamação, do que falar dos problemas das pessoas ou propor soluções
O parágrafo
Aquele parágrafo que nada tinha de substantivo é a melhor metáfora duma gigantesca mentira que está a conduzir o País para o fim da democracia
A ética é boa para os outros
O caminho que se abre a partir daqui não pode ser mais iníquo: desde que não seja ilegal, qualquer detentor de cargo político pode fazer o que lhe der na cabeça
Seguimos juntos, Varguitas
O meu querido Varguitas era um democrata convicto, mas deu-me algumas facadas. Mas, lá está, os livros dele fizeram-me amá-lo e o amor tudo perdoa
Montenegro e Hugo Soares já saberão quem é Trump?
Não consigo encontrar frases condenatórias, tomadas de posição ou sequer chamadas de atenção do Governo português ou dos seus membros sobre os inúmeros atentados de Trump à democracia
Trump e a revolução
Para implementar planos económicos como este, não se pode ter instituições a funcionar, nem respeitar decisões de tribunais, nem permitir que advogados processem o Estado, nem liberdade de imprensa, nem universidades a produzir pensamento. Nada
Cartazes, pimenta e natureza humana
As provas de que o partido de André Ventura não ama a democracia são mais bastas do que a chuva miúda, mas a constante repetição do slogan dos 50 anos é suficiente para sabermos quanto o Chega preza a ditadura
Lições madeirenses, Ministério Público e trincheiras
Talvez as pessoas já se tenham fartado de megaoperações e processos que depois não dão em nada; talvez estejam cansadas de ver pessoas condenadas pela dupla Ministério Público/tabloides a acabarem inocentadas ou a nem serem acusadas
O Bloco Central é a solução
Decisões fundamentais, duras e pouco populares vêm aí e vão exigir consensos alargados, que só os dois partidos centrais as podem implementar e promover
Montenegro é o responsável por esta crise, mas há outra pior
No partido que era um símbolo de liberdade, de pluralidade de visões (que até o levava a uma certa anarquia ideológica), agora vigora a videirice, a anemia e o medo
Luís Montenegro não pode continuar como primeiro-ministro
Só havia uma saída digna, Luís Montenegro demitir-se e pedir desculpas ao País. Mas o primeiro-ministro conseguiu afundar ainda mais a democracia num mar de fétida lama
O nanossegundo de democracia ou uma crónica pessimista
Seja qual for o regime que está a ser instalado nos Estados Unidos da América, há um que de certeza absoluta não é: uma democracia liberal