Eu era amigo dele. Ganhei anos de vidas, de experiências, de histórias verdadeiras ou imaginárias em cada dia que passei com ele. Virei noites de fado, de poesias, de conversa, de gargalhadas e de algumas lágrimas. Vi-lhe sol e lua. Vi-o revoltado e apaziguado. Vi como adorava os seus amigos e como lhes era dedicado. Senti e vivi a amizade que me dedicou e que guardarei para sempre como dádiva única.
Isto chegava para lhe estar grato. E sim, sou dos que acham que a amizade é para agradecer, porque não há coisa mais extraordinária do que esse laço de partilha, de dádiva, de aconchego, de cumplicidade que alguém nos dá.