Este texto era outro. Era sobre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sobre a própria existência ser um anacronismo e o crime que é existir um monopólio de vários jogos de sorte e azar, atribuído a uma organização caduca, promotora de clientelismo, e que destrói valor todos os dias. Parece-me importante voltar a falar disso, mas rigorosamente tudo parece pequeno e pouco relevante perante algo como o ataque a imigrantes numa casa no Porto.
A violência sobre imigrantes, sobretudo se forem de outras etnias, não é novidade. Era, porém, quase exclusiva das forças policiais e, sejamos justos, concentrava-se mais na questão étnica e menos na condição de estada no território nacional.