Não conheço as audiências das televisões por cabo do passado fim de semana, mas apostava dobrado contra singelo que terão sido boas. Por um lado, o Chega tem hoje quase meio milhão de votantes e parece que vai ter muitos mais, portanto é normal que esses portugueses estejam atentos ao partido em que ou votam ou tencionam votar. Por outro, quem não pensa em votar naquele partido olha para aquela convenção como uma espécie de filme de terror, que amedronta, mas de que não se consegue tirar os olhos.
Para quem, como eu, acha que lutar contra estes partidos é defender a democracia liberal, o Estado de Direito e todos os direitos que tanto custaram a instituir, o primeiro instinto é pensar que é ótimo que haja uma tão grande divulgação deste tipo de iniciativas – mais: que é bom conhecer os principais dirigentes do partido, que é excelente ver o presidente do partido a ser entrevistado por jornalistas bem preparados, que não há nada melhor do que assistir a um discurso em que ele apresenta as suas propostas para o País.
