O verão terminou. (Angústia de fim de festa.) Temos a sensação de que não aproveitámos o suficiente. De que podíamos e devíamos ter ido mais vezes à praia. Mergulhado mais. E de que desperdiçámos os dias ao ar livre que escassearão nos meses que se seguem. Só as crianças sentem os verões como intermináveis, e as férias como “grandes”. Para nós, o verão é sempre de menos, e as férias terminam quando começávamos a desligar.
Este ano, passei o mês de agosto na casa onde passei todos os agostos da infância. Não estava de férias e levei o trabalho comigo, mas serviu para enganar o cansaço da rotina e para fazer feliz o meu filho. A casa estava cheia. Mas o grande quintal e os campos em volta fazem que o espaço chegue para todos. O mesmo quintal e campos em volta que foram território de aventura para a minha avó e suas irmãs, para a minha mãe e seus irmãos e primas, até ser o meu, dos meus irmãos e dos meus primos e, hoje, o do meu filho e dos seus primos.