Os grandes rivais do X1 são o Mercedes GLK, o Audi Q5 e o Volvo XC60. Cada um deles tem o seu próprio estilo, os SUV Premium não enganam na qualidade mas também no preço.
O SUV compacto da BMW tem como base a plataforma da Série 3. Estive no Salão Automóvel de Paris, em Setembro de 2008, e recordo o momento da apresentação ao mundo do concept deste modelo. Uma versão quase final! O espaço da marca alemã ocupava lugar de destaque e o X1 Concept e o novo Série 7 concentraram as atenções. Inicialmente a imprensa torceu um pouco o nariz ao design do X1.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, a verdade é que X1 conquistou o seu espaço na gama BMW. Quem sou eu para discordar do Jeremy Clarkson, adoro o Top Gear, mas, muito sinceramente, não estou de acordo com ele quando apelida o X1 de “lixo” no seu artigo de Abril de 2010, no Sunday Times.
Conduzi o BMW X1 na sua versão 2.0D xDrive com o motor de 177 CV. Fiz quase mil quilómetros ao volante deste carro, na cidade, em estradões de terra batida, em autoestrada.
É claro que conduzir um X1 na via do Infante, rumo a Sevilha, não transmite a mesma emoção que acelerar um Lamborghini Gallardo, um Aston Martin DBS Volante ou Ferrari Califórnia nos túneis do palácio romeno de Ceausescu (nada como ver o vídeo do Top Gear no You Tube).
Os propulsores diesel que encontramos no BMW X1 sDrive20d e BMW X1 xDrive20d possuem sistema de injeção Common rail da terceira geração, e ostentam uma potência (177 CV). O sistema de tração integral xDrive garante uma distribuição variável da força de tração entre os dois eixos. O sistema de controlo dinâmico de tração consegue controlar o X1 sem sobressaltos. O controlo de estabilidade mantém-se ligado e intervém, sempre que a situação o exige, mesmo com o controlo de tração ativado.
O cockpit orienta-se para o condutor e a posição de condução é elevada. Os materiais e os acabamentos são nobres. O X1 oferece 490 litros de capacidade na mala, nos lugares traseiros possui o espaço suficiente para transportar confortavelmente dois adultos.
Fiquei surpreendido com a vocação estradista deste modelo. O Cruise control é muito fácil de utilizar e basta colocar o ponteiro nos 120 km/h, em autoestrada, e rolar até Sevilha. Como não queria acordar com o X1 em cima de quatro tijolos, e como a cidade espanhola da Andaluzia é famosa pelos assaltos a viaturas, optei por investir em três noites de estacionamento, sempre com a porta da bagageira encostada a uma parede. Os pneus Good Year Efficient Grip e as jantes de 18 polegadas não passam despercebidos e nada como jogar pelo seguro.
O BMW X1 mais acessível é o sDrive 1.8 a gasolina de 150 CV que custa 37.550 euros. A versão diesel de acesso é a 1.8d de 143 CV, com um preço a partir de 39.500 euros. O sDrive 2.0d de 177 CV custa 42.449 euros. O xDrive de 177 CV que conduzi aproxima-se dos 51 mil euros. Valores antes do aumento do IVA e do final do regime de abate de veículos em fim de vida previsto para 2011.