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Yeti é a designação de uma criatura mítica que habitava os Himalaias. Segundo reza a lenda, o Yeti ajudava os aventureiros que se perdiam nas montanhas a encontrar o seu caminho. Até hoje, ninguém conseguiu provar a existência do Yeti, embora muitos rumores tenham sido registados baseados em pegadas em locais remotos.
A Skoda inspirou-se nesta lenda para criar um automóvel urbano e com um design apelativo. Aqui está uma prenda de Natal que não me importava de receber. Eu sei que o Pai Natal tem outras prioridades mas…sonhar ainda não paga imposto.
Após alguns quilómetros ao volante da nova proposta da germânica fiquei novamente com vontade de trocar de carro. Ao longo dos últimos cinco anos a Skoda cresceu no mercado, conquistou clientes e ganhou um espaço próprio. Para este volte-face contribuíram as remodelações estéticas dos modelos Octavia e Fabia e o lançamento de novos modelos como o Superb (que em breve receberá a configuração carrinha).
O Yeti pretende conquistar clientes mais jovens e revela-se um produto importante para a marca. Não podíamos faltar ao desafio para o ensaiar. Percorri uma centena de quilómetros entre Lisboa e zona do Magoito (no concelho de Sintra) onde o testei tanto em estradas de asfalto como de terra.
O comportamento do SUV revelou-se muito satisfatório, previsível, seguro a curvar, e o amortecimento da suspensão é ajustado apesar das jantes de 17 polegadas. Na zona de Fontanelas experimentamos as capacidades fora de estrada. A altura ao solo de 180 mm e um ângulo de ataque razoável contribuem para um comportamento ágil e dinâmico. A suspensão é seca mas não penaliza demasiado o conforto.
O Skoda Yeti tem uma aparência robusta. É um bom companheiro para uma condução urbana e, ao mesmo tempo, fora de estrada. O novo modelo é proposto com tracção dianteira ou com tracção integral permanente, com a quarta geração do sistema de embraiagem Haldex, que distribui electronicamente o binário em função das respectivas condições de aderência transmitidas pelas rodas. Para os clientes mais aventureiros surge, opcionalmente, um modo “Off-Road” – que torna a condução em superfícies de pouca aderência mais fácil e mais segura – e, ainda, uma função de controlo em troços de grande inclinação “Hill Descent Control”.
A qualidade de construção no interior é irrepreensível. Os ocupantes dos bancos traseiros beneficiam do sistema VarioFlex, que confere variadas possibilidades de configuração à parte traseira do veículo.
O Skoda Yeti está equipado de série com nove air bags. Isto a partir logo da versão de acesso. O novo modelo garantiu a pontuação máxima de cinco estrelas nos testes EuroNCAP. Os níveis de equipamento são: Active, Ambition e Experience.
Em termos de motorização, o Yeti propõe dois blocos a gasolina (1.2 TSI e 1.8 TSI) e o motor diesel 2.0 TDI CR, com três níveis de potência. Destaque, para a estreia absoluta no mercado nacional do motor 1.2 TSI. Não estará disponível o bloco 1.4 TSI. O Yeti apresenta ainda dois tipos de transmissão: manual de cinco e seis velocidades e as caixas automáticas DSG de 6 e 7 velocidades (a partir do mês de Fevereiro de 2010).
Os consumos médios avançados pelos engenheiros da Skoda indicam 6,4 litros aos 100 km no caso do Yeti 1.2 TSI (105 CV de potência) e 5,4 litros aos 100 km no Yeti 2.0 TDI, de 110 CV. O motor 1.6 TDi chega apenas no final de 2010.
Os preços do Skoda Yeti começam nos 18.900 euros (motorização 1.2 TSI DE 105 CV) e os 27.850 euros (1.8 TSI 4×4) nas versões a gasolina; nos modelos diesel os preços iniciam-se nos 26.850 euros (2.0 TDI 110 CV).