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O Delta é um nome histórico da Lancia. Os mais ligados aos automóveis recordam-se certamente do HF Turbo e do HF 4WD. A marca italiana decidiu quebrar totalmente com o design e o conceito desportivo da geração anterior e criar um Delta com um novo olhar sobre o futuro.
Desenhado pelo Centro de Estilo Lancia, o Delta caracteriza-se por uma grelha de grandes dimensões e uma frente agressiva e imponente. O aspecto dinâmico do modelo é salientado pela ampla entrada de ar inferior e pelos grupos ópticos com uma fila de LED no perfil inferior que lhe confere uma estética sofisticada e tecnológica.
O “look” do novo Delta não reuniu desde logo consenso, pelo contrário, mas se é verdade que ao início a sua imagem não cativou, passados alguns meses este automóvel até conseguiu conquistar um lugar próprio na fauna algo cinzenta das estradas portugueses. No início estranha-se mas… depois entranha-se.
Quando entramos a bordo compreendemos a razão pela qual a primeira-dama francesa, Carla Bruni, gosta tanto desta marca. Requinte, bom gosto, e também alguns plásticos que deviam ser mais cuidados. De qualquer forma, o ambiente a bordo é “hi-tech”, a instrumentação da consola central realça a luz branca. Todos os elementos ligados à condução – consola, volante, ar condicionado e equipamento “infotainment” – são unidos pelo mesmo tratamento cromático e utilização de materiais, com um efeito metálico e tecnológico que se repete em todo o tabliê.
O Lancia Delta propõe um bom nível de equipamento. No caso da versão 1.6 Multijet Platino de 120 CV encontrei um funcional rádio Blaupunkt com leitor de CD/MP3 e comandos ao volante, o habitual Blue&Me (sistema realizado em colaboração com a Microsoft que oferece “mãos livres” com interface Bluetooth) e, ainda, uma útil porta USB para ligar o MP3 e escolher a uma banda sonora a nosso gosto e sem publicidade.
O Delta possui uma boa habitabilidade para a categoria: a distância entre eixos de 2,7 metros alia-se a 4,5 metros de comprimento, 1,8 de largura e 1,5 de altura. O banco posterior é deslizante com costas reclináveis (até 25°) que permite aumentar a bagageira (380 litros, 465 com banco posterior deslizante) ou, recuando-o e inclinando as costas, obter uma zona de total repouso.
Se pondera comprar um Delta tenha atenção ao motor que vai escolher. O Delta com o motor 1.6 Multijet de 120 CV revelou-se pastelão em certos regimes e mostrou dificuldade em “digerir” o funcionamento do ar condicionado. O Lancia Delta possui uma gama de motores abrangente e no Salão de Frankfurt anunciou uma novidade interessante, o novo motor 1.8 Di TurboJet de 200 CV.
O comportamento da carroçaria em termos de conforto e comportamento em estrada é previsível. Para tal contribui o sistema de controlo “Absolute Handling System” que intervém sempre de modo “discreto” graças à ligação com o DST (Drive Steering Control), pois a “direcção electrónica activa” já efectua correcções automaticamente e controla também a sobre viragem em pisos de escassa aderência.
Todos os motores associados ao Lancia Delta são sobrealimentados e acoplados a caixas de 6 velocidades (manuais, robotizadas ou automáticas). Os motores a gasolina são o 1.4 Turbo Jet de 120CV e 150 CV. No caso dos motores diesel temos a hipótese de optar pelos diesel 1.6 turbodiesel MultiJet de 120 CV e 2.0 MultiJet de 165 CV e o 1.9 Twin Turbo MultiJet de 190 CV. O Delta pode agora ser equipado com o motor 1.8 Di TurboJet de 200 CV (Euro 5) com caixa automática Sportronic. Produzido pela FPT – Fiat Powertrain Technologies, o novo motor debita uma potência máxima de 200 CV a 5000 rotações por minuto e um binário máximo de 320 Nm a 1400 rotações.
Os preços do Lancia Delta variam entre os 23.300 euros da versão 1.4 Turbojet de 120 CV- com o nível de equipamento Argento – e os 34.900 euros do Delta 1.8 Turbojet de 200 CV – Platino – com caixa automática.
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