O governador passou os olhos pela pequena aldeia, com enfado e repugnância. Tinham-se afastado muito da capital da província, na intenção de visitar uma remota comuna na qual, dizia-se, um camponês encontrara uma estranha pedra, capaz de responder a qualquer pergunta que se lhe fizesse.
Disseram-lhe, da capital, que fosse averiguar. Averiguar o quê?! ‒ indignou-se o governador. ‒ Ali, nas províncias, as superstições brotavam nos espíritos como ervas em terreno baldio. “Vá e certifique-se!”, insistiram os da capital, “temos de ter a certeza de que essa maldita pedra não divulga segredos do Estado”.