Quando o jornalista e crítico de teatro Martin Esslin cunhou o termo, em 1962, não foram só as peças de Samuel Beckett, Eugène Ionesco ou Harold Pinter que se enquadraram numa classificação própria – toda uma parte das nossas vidas ganhou um nome. Um excelente nome: “teatro do absurdo”.
Da ridicularia em que tropeçamos por vezes, salta um pormenor que diz tudo sobre a mais completa falta de sentido e de referências a que chegámos. Nesta semana, a Liga dos Bombeiros Portugueses está a ser a dramaturga, escrevendo mais um capítulo do Serviço Nacional de Saúde, que pode funcionar como um abrir de olhos (quantos são precisos?) e um pedido de socorro (a mesma questão).