Porto, 09 set (Lusa) — A descoberta ou a redescoberta de “O Anel”, de Wagner, é o que propõem os responsáveis pela nova versão encenada que vai ser apresentada na Casa da Música, no Porto, nos próximos dias 16 a 18 de setembro.
A adaptação, feita pelos britânicos Jonathan Dove e Graham Vick em 1990, agora levada ao palco da Casa da Música pela mão do produtor e encenador Antoine Gindt, com direção musical de Peter Rundel, pode surpreender por ser uma versão de câmara de uma das maiores óperas de sempre: as 15 horas de duração passam a nove e uma orquestra sinfónica é “traduzida” em 18 músicos, na “pele” do Remix Ensemble.
“Isto é um exercício diferente que nós propomos ao público, sobretudo no Porto, que nunca teve, se calhar nos últimos 70, 80, 90 anos, oportunidade de ter uma ópera de Wagner e aqui vai ter a tetralogia”, disse à Lusa o diretor artístico da Casa da Música, António Jorge Pacheco, lembrando que “uma coisa é a versão original de Wagner” e outra é “este objeto que é música” do compositor alemão, numa das “obras-primas máximas da Humanidade”.