
Alisa Molotova
Stephen Hawking era um génio, já se sabe. E como é que os génios com uma vida tão intensa quanto dramática, tão brilhante como dura, veem e contam a sua própria história? À venda com a VISÃO estará “A Minha Breve História”, de Stephen Hawking, que permite descobrir exatamente isso. Trata-se de um livro autobiográfico através do qual o cosmólogo britânico, falecido a 14 de março último, passa em revista o seu próprio percurso: desde a infância, no pós-Segunda Guerra Mundial, em Londres, até aos anos em que se tornou uma celebridade mundial.
O relançamento desta edição ocorre pouco mais de um mês após a morte do autor de “Breve História do Tempo”, que sofria de esclerose lateral amiotrófica. O relato não exclui, de resto, os desafios com que, por causa da doença, o cientista se viu confrontado. Hawking fala, nomeadamente, do modo como a perspetiva da morte precoce o impulsionou na direção de vários avanços intelectuais. “Represento o estereótipo de um génio deficiente. Não me posso disfarçar com uma cabeleira postiça e óculos escuros – a cadeira de rodas denuncia-me”, escreve no último capítulo da obra. Neste livro, revela que sempre que tinha tendência de ter pena de si próprio, se lembrava do rapaz que viu morrer de leucemia numa cama à sua frente. “Há sempre alguém pior do que nós.”
“ A Minha Breve História” é uma edição da Gradiva muito bem ilustrada com fotos antigas, tem revisão científica de Carlos Fiolhais e estará à venda com a VISÃO pelo preço de 4,99 euros. Procure-o nas bancas.