Num artigo publicado o mês passado, explicámos o que importa saber sobre sensores, fundamentais na definição da qualidade de imagem e funcionalidades de uma câmara, e quais as vantagens dos sensores full frame. Mas o elemento que encaminha a luz para o sensor, onde a imagem é captada, também é, naturalmente, muito importante. Referimo-nos à objetiva, também conhecida por lente – uma simplificação, já que, em regra, uma objetiva é constituída por várias lentes. Uma câmara com um sensor excelente pode gerar imagens de fraca qualidade se usar uma má objetiva e até uma câmara com sensor fraco pode gerar boas imagens quando equipada com uma boa objetiva. Saber escolher as objetivas certas assume, naturalmente, mais importância nas câmaras de objetivas intermutáveis (SLR, Single Lens Reflex, e CSS, Compact System Camera, também conhecidas por mirrorless), que permitem trocar a objetiva. A escolha errada por levar a desilusões durante a utilização, seja porque a qualidade de imagem não é satisfatória, seja porque a distância focal não é adequada (maior ou menor aproximação do motivo ou campo de visão).
Como escolher
Se tem uma máquina de objetivas intermutáveis, deve experimentar as objetivas antes de as comprar. Como há cada vez mais comunicações digitais entre as objetivas e o sistema de controlo da câmara (software e hardware), a escolha de uma objetiva da marca da câmara dá garantias extras relacionadas com a funcionalidade. Por exemplo, uma objetiva grande angular pode comunicar à câmara a distorção geométrica que provoca de modo ao algoritmo interno compensar essa distorção no processamento da imagem. Há fabricantes independentes com produtos de boa qualidade, capazes de bater as objetivas das marcas tradicionais em termos de qualidade/preço. Mas atenção: se optar por uma objetiva de uma fabricante independente, certifique-se que a compatibilidade com a sua câmara é total. Não basta que o formato (baioneta) seja o mesmo, ou seja, que a objetiva encaixe na máquina.