Quando se muda para um carro elétrico, surgem logo as perguntas: onde posso recarregar, a que velocidade e o que preciso? A eletricidade está em todo o lado, mas, muitas vezes, de forma limitada. A potência disponível nos edifícios pode ser insuficiente. Em muitos casos, o aumento da potência não é possível ou representa um grande investimento. Naturalmente, ninguém quer isto, pelo que há algumas coisas a considerar antes de instalar o seu carregador.
1 – Carregadores baratos com funcionalidades básicas
Os utilizadores recém-chegados à mobilidade elétrica são tentados por produtos de menor custo, mas as estações de carregamento que apenas oferecem funcionalidades básicas têm limitações que devem ser consideradas. Estes carregadores não são atualizáveis, não são capazes de acompanhar as novas tecnologias e não se conseguem adaptar às novas necessidades dos donos os carros. O hardware deve ser excelente, mas é o software que faz a diferença: atualizações over-the-air são indispensáveis, bem como a capacidade de ligação à rede e controlo remoto. Quando se compra barato, acaba-se por comprar duas vezes.
2- Má qualidade de construção
Muitas estações de carregamento são feitas de plástico inflamável e a maioria nem é à prova de salpicos de água. Além de poderem originar um fogo no edifício, também são um perigo potencial para a vida das pessoas, sobretudo para, por exemplo, funcionários que limpam garagens usando jatos de água de alta pressão. Dependendo do material, fabrico e classe de proteção, a utilização no exterior também pode ser problemática. Como tal, deve ser atingida a classe de proteção IP54 e o fabrico deve recorrer a materiais de alta qualidade, como policarbonatos resistentes a ultravioletas. É, por isso, necessário ter atenção aos standards observados e às certificações de instituições de testes e de inspeções que oferecem garantias em termos de qualidade e segurança dos produtos, como o TÜV SÜD.
3- Falta de verdadeiro balanceamento de carga
Os carros elétricos precisam de muita potência durante o carregamento. É, por isto, aconselhável um sistema de gestão de carga, mesmo para um único ponto de carregamento, característica necessária quando existem várias estações de carregamento. Se assim não acontecer, mais cedo ou mais tarde, corremos o risco de sobrecarregar a ligação doméstica e levar a um apagão. O que precisamos de considerar? A gestão de carga deve ser dinâmica e controlável remotamente pelo fornecedor de energia, mas também pelo condutor, que deverá ser capaz de dar prioridade ao carregamento do carro quando necessário. Além disto, deve ser infinitamente escalável. E, finalmente, cobrir todos os casos específicos e as características específicas de cada situação para que o carregamento aconteça em segurança.
4 – Barramento ou cabo plano
Cada espaço de parqueamento deve ter tantos amperes quanto possível. Como tal, recomenda-se um barramento montado na parede, no qual os cabos podem ser colocados com segurança e estendidos conforme necessário. Um erro comum é a suposta economia de custos oferecida pelos cabos planos, tipo fita, em grandes estacionamentos. Este tipo de cabos não permite levar a potência máxima para as vagas de estacionamento e geram muita potência reativa devido aos condutores excessivamente finos. Uma aparente poupança inicial leva a custos adicionais consideráveis, após apenas um ano, devido a perdas de energia desnecessárias. Recomendamos, portanto, a instalação de um barramento de energia montado na parede, ao longo do qual os cabos possam ser executados no comprimento necessário.
5 – Ativação e pagamento
A regra básica deve ser sempre garantir a máxima flexibilidade para o utilizador. A cobrança por meio de um modelo de aluguer faz sentido para os utilizadores de longo prazo de um estacionamento. No caso de estacionamentos para visitantes, a ativação deve ser rápida e fácil, tanto para o proprietário quanto para os visitantes, com cobrança possível por cartão de crédito, ApplePay ou GooglePay. A cobrança via RFID ou cartões de recarga convencionais pode ser outra alternativa.