A Apple usou, pela primeira vez, a funcionalidade respostas de segurança rápida (rapid security responses no original em inglês) para corrigir problemas de segurança no iPhone. Este sistema foi criado para agilizar o lançamento de correções de software para os principais dispositivos da marca, como o iPhone, o iPad ou os computadores Mac.
A atualização foi lançada nesta segunda-feira, 1 de maio, e marca a primeira vez que a tecnológica americana tirou partido deste sistema emitindo uma atualização para todos os utilizadores elegíveis (os que têm a versão mais recente do iOS 16 instalada). Não foi divulgado, no entanto, que falhas a Apple corrigiu.
No passado, a Apple já tinha experimentado lançar estas respostas de segurança rápida, atualizações mais ágeis de de software, mas só o tinha feito junto dos utilizadores que têm as versões de teste do iOS instaladas nos seus smartphones.
Até agora, sempre que a Apple encontrava vulnerabilidades graves no sistema operativo iOS, criava uma nova versão e lançava-a como uma grande atualização de software. Se essa correção fosse acompanhada de novas funcionalidades, normalmente recebia uma designação de segunda linha (p.ex., iOS 16.4). Se a correção fosse maioritariamente de segurança, então a designação era de terceira linha (algo como iOS 16.4.1). Com o novo sistema, as atualizações passam também a receber uma letra como designação – no caso da correção agora lançada, o sistema operativo atualizou para a versão 16.4.1 (a).
Segundo a publicação Ars Technica, enquanto no passado uma típica atualização de segurança teria várias centenas de megabytes de informação, a resposta de segurança rápida lançada no início desta semana tinha somente 85 megabytes de informação. Atualizações mais pequenas permitem uma distribuição mais rápida por parte da Apple, assim como um processo de descarga e instalação mais célere por parte dos utilizadores, diminuindo assim o tempo que estão expostos a vulnerabilidades que estão a ser potencialmente exploradas por piratas informáticos. As respostas de segurança rápida estão ativadas por definição no iOS, iPadOS e MacOS.
Este foi um dos métodos encontrados pela Apple para responder aos ataques constantes contra o sistema operativo iOS e seus utilizadores. Recentemente foi revelado que a empresa israelita de software de espionagem NSO permitia explorar três novas vulnerabilidades no iPhone que não necessitavam sequer de interação por parte das vítimas.