O projeto do notEggo resultou na criação de um ovo que não nasceu de nenhuma galinha, adequado para diferentes dietas e consumidores com restrições alimentares e alergias, 100% vegetal, onde se pode separar a ‘clara’ da ‘gema’ e que tem uma pegada ambiental bastante inferior à do ovo natural. A Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa acaba de conquistar um galardão Born from Knowledge da Agência Nacional de Inovação com esta iniciativa.
Segundo o estudo The Green Revolution Portugal 2021 há mais de um milhão de pessoas que seguem uma dieta vegetariana ou tendencialmente vegetariana, com 43 mil vegantos, 180 mil vegetarianos e 796 mil flexitarianos identificados. Destes, alguns assumem sentir a falta de comer um ovo (36,2% em 288 respondentes). Assim surge o notEggo, um ovo com gema constituída à base de tremoço, batata doce e cenoura e uma clara com creme de soja, farinha de arroz e amido de tapioca. “À exceção da levedura nutricional sal kala namak, todos os
ingredientes do ovo 100% vegetal são de produção nacional e de agricultura biológica”, lê-se no comunicado de imprensa.
Cada embalagem do notEggo traz três ovos vegetais, com 20 gramas (gema de 5 gramas e clara com 15) e permite simular a experiência de verdadeiramente partir um ovo.
“Os desafios climáticos e a cada vez maior escassez dos recursos do nosso planeta têm sido um forte incentivo para que a comunidade científica, em conjunto com a indústria alimentar, inovar e alcançar soluções que garantam a nossa sobrevivência e reverta o impacto no planeta Terra. Projetos como este são de grande importância e mostram que Portugal está na linha da frente destas preocupações”, sublinha João Borga, administrador da ANI.