Facebook, Instagram, Apple e Google são algumas das tecnológicas que assumiram uma posição contra a invasão russa da Ucrânia. As medidas punitivas são distintas de empresa para empresa, mas todas procuram ‘castigar’ a operação militar em curso.
As plataformas do grupo Meta (Facebook e Instagram) anunciaram que vão passar a despromover o conteúdo publicado por órgãos de comunicação social russos, de forma a reduzir-lhes o alcance. Também as publicações feitas por utilizadores individuais e que contenham ligações para estes órgãos vão passar para baixo nos destaques. Nick Clegg, da Meta, revelou que estão a decorrer reuniões com o regulador de comunicações russo Roskomnadzor devido à nova lei que exige que algumas empresas estrangeiras tenham escritórios na Rússia para poderem operar no país, legislação considerada “desproporcional” pelo grupo de Zuckeberg. Com esta legislação, a Meta, bem como o Twitter ou a Google, podem vir a enfrentar punições em solo russo por não cumprirem com estes requisitos.
Do lado da Apple, a empresa liderada por Tim Cook anunciou ontem que suspende todas as vendas de produtos próprios na Rússia: “estamos bastante preocupados com a invasão russa da Ucrânia e estamos com todas as pessoas que estão a sofrer com a violência. Apoiamos esforços humanitários, fornecemos ajuda para a crise de refugiados e estamos a fazer tudo o que podemos para ajudar as nossas equipas na região”, cita a Reuters.
Além da suspensão das vendas de produtos nos canais de venda no país, também o serviço Apple Pay e outros da Apple foram limitados naquele território, com os media russos, a RT News e a Sputnik News a não estarem disponíveis para download na Apple Store fora da Rússia.
Por fim, a Google também confirmou ontem que removeu os canais russos como o RT dos destaques noticiosos que apresenta aos utilizadores, incluindo o Google News. “Nesta crise extraordinária, estamos a tomar medidas extraordinárias para impedir a desinformação e interromper estas campanhas online”, justificou Kent Walker, presidente de assuntos globais da Google.
A responsável editorial da RT, Anna Belkina, afirma em comunicado que as tecnológicas que bloquearam a plataforma não encontraram “um único grão de evidência de que o que a RT noticiou nos últimos dias, e continua a noticiar, não seja verdadeiro”.