Quando a Spotify anunciou a chegada de Joe Rogan em exclusivo à sua plataforma, o The Wall Street Journal avançou que a empresa pagou 100 milhões pelos direitos durante três anos e meio. Este montante, nunca desmentido pela Spotify, pode, no entanto, pecar por escasso e o New York Times relata agora que a gigante terá acordado pagar 200 milhões de dólares.
As notícias sobre o valor pago pela Spotify chegam numa altura em que há controvérsia a rondar os conteúdos criados por Rogan. Depois de um conjunto de médicos ter apelado à Spotify que removesse um episódio do podcast por estar, alegadamente, a disseminar desinformação sobre a Covid-19, Neil Young pediu que todo o seu catálogo fosse removido por não querer partilhar o ‘palco’ com Rogan. “Estou a fazer isto porque a Spotify está a espalhar informações falsas sobre as vacinas – potencialmente causando a morte daqueles que acreditam na desinformação que está a ser veiculada”, escreveu Young.
Entretanto, além da Covid-19, Rogan aparece num vídeo que se tornou viral a usar um termo racista e a fazer uma piada discriminatória. Sem qualquer razão fornecida, 70 episódios do podcast foram removidos pela Spotify depois desta polémica.
O CEO da Spotify, Daniel Ek, já emitiu vários comunicados onde reitera a relutância em censurar o discurso de Rogan para lá das normas já definidas na plataforma. O executivo comprometeu-se a doar 100 milhões de dólares aos criadores de conteúdos que pertençam a grupos historicamente marginalizados. Fica por saber se, ao ser revelado um novo valor para Rogan, a empresa vai rever e aumentar também o montante para estes criadores.