A carga com um peso de 2,6 toneladas foi ejetada pela Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês) a 11 de março e constitui o objeto mais massivo que já saiu daquela base. Os responsáveis da NASA estimam que a carga deva chegar à Terra dentro de dois a quatro anos e que, até lá, fique em órbita sem causar perigo. No entanto, há especialistas que alertam que esta carga de velhas baterias pode representar algum perigo.
O EP9 (de Exposed Pallet 9) é mais pequeno que a Estação Espacial Tiangong-1 da China, que teve tripulações em 2012 e 2013, mas que acabou por se despenhar na Terra em 2018. A carga chegou no ano passado, a bordo do japonês H-II Transfer Vehicle, e faz parte do esforço de substituição de baterias do laboratório, trocando-se as velhas versões de níquel-hidrogénio por novas de iões de lítio.
Até aqui, as baterias velhas eram colocadas no HTV e trazidas para Terra, mas o lançamento falhado de um foguetão Soyuz em outubro de 2018 colocou um fim a este padrão. Os gestores da Estação optaram assim por expedir a carga desnecessária para o espaço, com o braço robótico de 17,6 metros a ser controlado a partir de Terra e a operar esta ‘descarga’.
A palete é constituída por cerca de 34 mil objetos com mais de 10 centímetros e mais 128 milhões de pedaços com pelo menos um milímetro cada.