O Departamento de Justiça dos EUA acusou três cidadãos da Coreia do Norte de serem os hackers por trás de roubos com recurso a ferramentas informáticas em que tentaram subtrair 1,3 mil milhões de dólares em dinheiro e cibermoeda a empresas, bancos e estúdios de Hollywood. John Chang Hyok, de 31 anos, Kim Il, de 27, e Park Jin Hyok , de 36, são acusados de estar ao serviço dos serviços militares de inteligência da Coreia do Norte e de ter encetado vários ataques, incluindo a intrusão nos sistemas da Sony como retaliação por ter feito o filme The Interview, em 2014.
Segundo a Cnet, a acusação liga os hackers também ao ataque WannaCry 2.0, em 2017, e a ataques à Mammoth Screen, uma produtora britânica que estava a preparar uma série sobre a Coreia do Norte. Os piratas entraram em instituições financeiras da Ásia, África e México, abusaram do protocolo SWIFT para roubar dinheiro e desenvolveram aplicações maliciosas destinadas ao roubo de criptomoeda. O volume de dinheiro que conseguiram desviar é difícil de apurar, pois muitos dos ataques foram parados a tempo ou revertidos.
As autoridades acreditam que os hackers se encontram atualmente no seu país, mas que passaram temporadas na Rússia, China e outras localizações.
Um relatório das Nações Unidas revela que, em 2019, a Coreia do Norte conseguiu mais de dois mil milhões de dólares com recurso a intrusões digitais “de longo alcance e cada vez mais sofisticadas” em bancos e mercados de cibermoeda.