A Huawei está em negociações com um consórcio de empresas de investimento apoiado pelo governo de Xangai para vender as linhas de smartphones premium P e Mate, como forma de contornar os bloqueios a que está sujeita vindos dos EUA. A informação é avançada pela Reuters, mas ainda sob a forma de rumores. A Huawei já reagiu dizendo que “não há qualquer mérito nestes rumores. Não temos tal plano”. Na altura em que surgiram os primeiros rumores sobre a alienação da Honor, a empresa reagiu de igual forma, pelo que poderá haver novamente algum fundo de verdade, lembra o Engadget.
O objetivo da alienação é contornar a proibição que os EUA impuseram aos fabricantes de fazer negócio com a Huawei. O Mate 40, por exemplo, é o último modelo a receber processadores Kirin de topo porque a TSMC não vai fabricar mais chips para a Huawei. A Samsung também segue igual caminho, revelando que não fabrica mais processadores para os telefones da Huawei.
A ARM, por sua vez, confirmou que vai continuar a trabalhar com a Huawei e há rumores de que se está a tentar manufaturar processadores Kirin usando os desenhos ARM. Caso esta iniciativa tenha sucesso, a venda das linhas P e Mate pode não se concretizar.
Ainda não se conhecem os montantes envolvidos neste potencial negócio, mas a Huawei liderou o top de vendas no verão, com 55,1 milhões de equipamentos e as vendas dos telefones P e Mate chegaram aos 39,7 mil milhões entre o terceiro trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2020.