«Apelo a todos os que apoiam Israel e se opõem a boicotes discriminatórios: devem parar de usar o AirBnB e virar-se para outros serviços», disse o ministro dos Assuntos Estratégios israelita, Gilad Erdan, citado pela Reuters.
Estes apelos são uma das reações do governo à decisão da AirBnB de retirar do site cerca de duzentas casas situadas nos colonatos da Cisjordânia. A Organização para a Libertação da Palestina mostrou-se satisfeita com a escolha do AirBnB e considerou-se «consistente com a legitimação internacional».
O porta-voz da AirBnB recusou comentar as declarações do governo israelita e já tinha revelado, na terça-feira, que «Israel é um lugar especial e os nossos mais de 22 mil anfitriões são pessoas especiais que acolheram centenas de milhares de pessoas no país (…) compreendemos que se trata de um assunto difícil e complicado e agradecemos todas as perspetivas», disse Chris Lehane, responsável de comunicação da marca.
A decisão da AirBnB não é inédita: há alguns anos, a plataforma deixou de mostrar ofertas do território palestiniano ocupado na faixa de Gaza. Desta vez, a decisão não se aplica aos colonatos de Golan, Jerusalém de Leste ou a Israel propriamente dito mas sim aos colonatos da Cisjordânia apenas. A Human Rights Watch aplaudiu a escolha da AirBnB e sugeriu que a Booking.com seguise este exemplo.