Donald Trump garantiu ao CEO da Apple, que os iPhones não serão afetados pelas novas taxas previstas para os produtos importados da China. A notícia é avançada pelo The New York Times com base numa fonte não identificada, que revela que a garantia foi dada pelo presidente dos EUA depois de uma reunião com Tim Cook, na Casa Branca.
Recentemente, a administração Trump fez saber que pretendia rever a lista de produtos que passariam a ser taxados. Com esta revisão, as taxas que começaram a dar que falar quando foram aplicadas ao aço e ao alumínio passaram a ser aplicadas também a vários chips e processadores que os EUA importam, refere a Reuters.
A promessa de Trump apenas pode sanar parte dos receios de Cook. Os EUA e a China têm vindo a protagonizar uma “guerra comercial” com a aplicação de taxas às importações de ambos os países. O que significa que ainda há a hipótese de a Apple vir a ser afetada por taxas ou outro tipo de retaliações que venham a ser decididas pelo governo chinês.
Entre os observadores do mercado, há quem recorde que as diferentes tentativas de interdição de produtos e equipamentos da ZTE e da Huawei nos EUA podem abrir caminho a futuras reações de bloqueio na China – e previsivelmente a Apple seria das marcas mais apetecíveis para esse tipo de “vingança” fiscal. De fora das tecnologias já surgiram notícias que dão conta de que os carros da Ford já começaram a registar atrasos nos portos chineses.
Em declarações reproduzidas pelo South China Morning Post, Wei Jianguo, antigo viceministro do comércio chinês, não só dá como certa a aplicação de taxas a produtos ou marcas americanas, como ainda aponta uma lista de potenciais produtos afetados: «Aviação, chips, e energia importada dos EUA podem vir a ser alvo (de taxas na China)». Turismo, transportes e educação são outras áreas apontadas como suscetíveis de virem a ser usadas como retaliação.