Koum escreve que já passou quase uma década desde que fundou o WhatsApp com Brian Acton e que foi uma viagem «fantástica». O co-fundador continua dizendo que «a equipa é mais forte que nunca e vai continuar a fazer coisas espetaculares. E eu vou continuar a apoiar o WhatsApp, mas do lado de fora», cita a BBC.
Há rumores de que uma má relação com o Facebook, que comprou o WhatsApp em 2014, está na origem desta decisão. Os fundadores originais do serviço opõem-se à política do Facebook de aceder aos dados dos utilizadores, usá-los para fins comerciais e enfraquecer de alguma forma a encriptação das mensagens. O duo orgulhou-se durante algum tempo de conseguir manter os dados dos utilizadores protegidos e independentes. Os rumores de que o Facebook pretende começar a ganhar dinheiro com o WhatsApp, nomeadamente com a apresentação de publicidade podem ter então ajudado ao fim desta relação.
Brian Acton deixou a liderança do WhatsApp em novembro do ano passado e foi um dos apoiantes do movimento #deletefacebook, que surgiu na sequência das revelações do caso Cambridge Analytica.
Zuckerberg já reagiu à saída de Koum, agradecendo-lhe o que aprendeu sobre encriptação e dizendo que «a capacidade de tirar o poder dos sistemas centralizados e voltar a colocá-lo nas mãos das pessoas» é um dos «valores que vai estar sempre no centro do WhatsApp».