Ainda durante esta semana, os clientes da Uber que fazem reservas através de iPhones vão deixar de ser localizados durante os primeiros cinco minutos de viagem. A medida acaba de ser confirmada por um responsável da Uber junto da Reuters e deverá expandir-se aos clientes das várias versões de telemóveis nos tempos mais próximos.
Com esta medida, a Uber pretende pôr termo às críticas e adaptar a app das reservas de viagens de automóvel às exigências das autoridades dos EUA. Há duas semanas, a Uber e a Comissão Federal das Telecomunicações dos EUA assinaram um acordo que prevê auditorias aos serviços da transporte de dois em dois anos, durante dois decénios.
Desde 2015 que a reformulação das funcionalidades de localização tem vindo a ser trabalhada pela Uber: num primeiro momento, a startup eliminou uma opção que dava aos consumidores a possibilidade de limitar a recolha de dados aos momentos em que a app está a ser usada por cada consumidor. Entre novembro passado e hoje, os consumidores apenas podiam escolher entre duas opções: impedir a recolha de qualquer dado relativo à localização ou permitir essa recolha de dados em permanência.
Apesar destas alterações, Joe Sullivan, responsável pelos Assuntos de Segurança dentro da Uber, admitiu que o regresso da monitorização dos consumidores durante os primeiros cinco minutos de viagens possa regressar no futuro, noutros moldes, que permitirão clarificar junto dos consumidores as alegadas virtudes da localização (uma delas estará relacionada com a própria segurança das pessoas que recorrem ao serviço).
O diretor de segurança da Uber esclarece ainda que as mudanças agora anunciadas não estão relacionadas – ou dependentes – da entrada em funções de um novo CEO na Uber, em substituição de Travis Kalanick, em Junho, na sequência de várias polémicas e de múltiplas vozes contra dentro da direção da empresa. A Reuters dá conta de que o nome do sucessor poderá ter sido já encontrado. Dara Khosrowshahi, o ainda CEO da plataforma de viagens e turismo Expedia, foi convidado pela administração da Uber para a direção executiva. Num comunicado interno enviado aos colaboradores da Expedia, Khosrowshahi já terá feito saber da intenção de aceitar o novo cargo na Uber.