O worm WannaCry conseguiu infetar mais de 200 mil computadores em mais de 150 países. O ataque foi abrandado durante o dia de sexta-feira, depois de um investigador de segurança ter conseguido controlar um dos servidores usado para espalhar o código malicioso. No entanto, autoridades como a Interpol e vários especialistas de segurança alertam que o número de vítimas possa aumentar durante o dia de hoje, quando as empresas retomarem as suas atividades e ligarem os computadores.
Há estimativas ainda não confirmadas de que o ataque lançado na sexta-feira poderá ter tido um impacto de centenas de milhões de euros, noticia a Reuters. O WannaCry tira partido de uma vulnerabilidade para a qual a Microsoft emitiu um patch de segurança em março. No entanto, as vítimas deste ataque parecem ser empresas onde a atualização não foi feita ou locais como hospitais, onde as máquinas não poderiam parar para ser atualizadas.
Por outro lado, o presidente da Microsoft, Brad Smith, escreveu um post onde critica a postura dos governos, nomeadamente do norte-americano, no que diz respeito à atuação das agências de inteligência. «É um padrão emergente em 2017. Vemos vulnerabilidades armazenadas pela CIA a aparecer no WikiLeaks e agora esta falha guardada pela NSA afeta consumidores em todo o mundo». Este responsável defende que os governos devem encarar este ataque como um abre-olhos e considerar os danos causados a civis.
As contas indicadas pelos hackers receberam “apenas” 32.500 dólares, indicando que não houve muitas vítimas a pagar os 300 dólares de resgate que os piratas exigiram para libertar os dados.