Mónica Seidi, deputada do PSD Açores, apresentou um requerimento junto do Governo Regional com o propósito de desencadear uma «investigação rigorosa» à fuga de informação de 230 mil habitantes do arquipélago.
«Exige-se ao Governo Regional que inicie imediatamente uma investigação rigorosa à divulgação ilegal dos dados pessoais de 230 mil utentes do Serviço Regional de Saúde, no sentido de apurar os responsáveis por esta inacreditável fuga de informação», reivindicou Mónica Seidi, no requerimento enviado ao Governo Regional. A deputada social democrata recorda ainda que a fuga de dados pessoais sem a devida autorização pode configurar um crime punível com prisão até um ano ou multa até 120 dias.
Entretanto, Luísa Melo Alves, presidente da Saudeaçor, já se pronunciou sobre o caso que foi noticiado em primeira mão pela Exame Informática: «É a primeira vez que nos estamos a confrontar com isso e o que posso dizer é que verificámos logo que os dados não foram acedidos cá, (…) foram acedidos por via de um ‘site’ público da ARS Alentejo», referiu a líder da entidade que gere os recursos e equipamentos de saúde da região autónoma, citada pelo jornal Açoriano Oriental.
Luísa Melo Alves refere ainda que a Saudeaçor vai ficar a aguardar pelo «apuramento integral de todos os factos para dar seguimento aos processos de imputação de eventuais responsabilidades que decorram agora desta averiguação. É a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo e o gabinete do ministro da Saúde que estão a dar seguimento ao este apuramento de responsabilidades e aguardamos esse resultado».
A fuga de dados de quase todos os cidadãos que habitam nos Açores foi noticiada este fim de semana na Exame Informática. O ficheiro Excel estava exposto a qualquer pesquisa no Google que usasse ferramentas de refinamento das respostas. Aparentemente – mas ainda por confirmar – o ficheiro terá sido usado para conferir os reembolsos a que açorianos têm direito quando fazem tratamentos em clínicas ou hospitais do continente.