«Temos de o assumir: o ciberespaço é o novo cenário de guerra», disse Smith na conferência de segurança RSA. Nesta altura, é essencial a criação de uma Convenção de Genebra, mas aplicada ao mundo digital. A ideia é replicar o documento que foi criado no pós II Guerra Mundial e que define a conduta em cenário de guerra e os direitos dos civis que sejam envolvidos em confrontos, explica o USA Today.
«As empresas tecnológicas devem ser 100% defensivas e 0% ofensivas», continuou Brad Smith. Por outro lado, os governos têm de assumir que não irão atacar estruturas civis, como a rede elétrica ou o sistema político, defende o responsável. A Convenção de Genebra Digital deve estabelecer os protocolos, normas e processos internacionais que entram em vigor no caso de agressões e ataques entre nações.
Smith relembra que as empresas tecnológicas estão entre as primeiras a responder quando acontecem estes ataques e não os exércitos. Por fim, o responsável da Microsoft pede ainda a criação de uma organização autónoma, como a International Atomic Energy Agency, que monitoriza a não proliferação nuclear.
O alerta faz mais sentido numa altura em que em vários países europeus se assiste a uma vaga de crescimento de partidos políticos nacionalistas.