O Silk Road Reloaded foi lançado ontem e está acessível apenas para quem estiver a usar o software especial I2P ou se tiver o sistema configurado para se ligar a páginas web I2P, chamadas eepsites e que terminam com o sufixo .I2P.
Esta nova encarnação do mercado negro online diferencia-se do Silk Road e do Silk Road 2.0 por operar neste novo protocolo e por aceitar várias moedas digitais, além da Bitcoin. No Reloaded aceitam-se pagamentos em oito cibermoedas como a Darkcoin, a Dogecoin, a Anoncoin ou outras, noticia o Motherboard.
A rede I2P é considerada uma web mais obscura e uma alternativa para garantir, pelo menos para já, transações de drogas e outros bens ilícitos à revelia das autoridades. Os eepsites usados nesta rede aludem ao protocolo end-to-end ou encrypted-to-encrypted.
A principal diferença entre o Tor e o I2P é que o Tor tem uma abordagem baseada em diretórios e existe um ponto centralizado que gere e que tem uma vista geral sobre a rede, enquanto no I2P a rede é distribuída, numa lógica de peer-to-peer, onde cada computador funciona com um nó da rede por si mesmo. O protocolo Tor tem origem nas autoridades militares dos EUA e os seus programadores conseguiram tornar o sistema capaz de resistir a ataques de negação de serviço e não se importam de proclamar o seu envolvimento. No caso do I2P, os programadores são conhecidos apenas por pseudónimos e ocultam o seu contributo.
Por agora, ainda não há utilizadores nem a comprar nem a vender no Silk Road Reloaded, mas o cenário poderá alterar-se rapidamente, com a entrada de vendedores e potenciais compradores.