«Não é um número estático e vai aumentar, infelizmente», admite Troels Oerting, o responsável pelo Centro do Cibercrime da Europol, citado pela BBC.
As autoridades revelam ainda que sabem mais ou menos quem são estes mestres do crime e que se os retirarem da equação, tudo o resto poderá desmoronar-se por si só. O maior desafio do cibercrime é que opera sem fronteiras e os crimes podem ser cometidos à distância. A maior parte dos líderes do cibercrime mundial estão localizados em países que falam russo. A Europol já conseguiu estabelecer uma relação estável com as autoridades russas e, recentemente, discutiram quatro grandes casos de crimes informáticos que poderão resultar em detenções e prisões.
Outra grande desvantagem do cibercrime face ao crime”normal” é a possibilidade de se comprar ferramentas de malware pela Internet: há casos de gangues russos a criar e a testar código malicioso que acaba por ser vendido em fóruns online e descarregado na Europa, África e América.
O maior perigo com que os consumidores devem estar preocupados é o roubo de identidades e de informação sensível online, como as credenciais do Facebook ou das contas Google.A proliferação da Internet das coisas vai agravar este cenário, na medida em que irá fornecer mais alvos a atacar. O responsável da Europol defende ainda a utilização de backdoors que permitam às autoridades, desde que mandatadas para o efeito, de conseguirem investigar ataques e detetar ameaças.