E que tal ir ao oculista, hein?
A nova unidade foi batizada de Domestic Communications Assistance Center (DCAC) e está a operar a partir de Quantico, Virgínia. Segundo a Cnet, a DCAC é constituída por operacionais do FBI e também por peritos recrutados junto dos US Marshals Service e da Drug Enforcement Agency.
No roteiro de desenvolvimento da nova unidade consta a criação de mecanismos capazes de descodificar comunicações através do Skype ou de intercetar chamadas telefónicas efetuadas através de redes sem fios. Para as redes sociais, como o Facebook, os investigadores do FBI preveem criar aplicações que analisam grandes quantidades de dados relativas a um assunto que está sujeito a investigação da justiça norte-americana.
A criação da nova unidade vem no seguimento de um projeto que mereceu, recentemente, a aprovação (e ainda uma verba de 54 milhões de dólares) do Senado dos EUA. O projeto prevê ainda que os serviços de VoIP (Voz sobre IP), redes sociais, servidores de acessos à Net (ISP), ou empresas que se dedicam ao alojamento de e-mail criem mecanismos que facilitem as incursões dos investigadores do FBI, quando se trata de recolher provas junto dos utilizadores que têm contas nesses serviços.
Além dos documentos que já foram tornados públicos pelas autoridades norte-americanas, há um último detalhe que revelador sobre a nova Unidade que o FBI prefere manter em sigilo: em abril, andou a circular em diversos meios de comunicação um anúncio de recrutamento de especialistas de segurança e tecnologias, que definia como requisitos o conhecimento de tecnologias usadas em modems, push-to-talk e VoIP. Salário oferecido: 136.771 dólares anuais.
Resta saber se a nova unidade vai ficar confinado às comunicações efetuadas dentro dos EUA – ou se poderá eventualmente estender-se a operações realizadas fora das Terras do Tio Sam.
