O presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, revelou durante uma conferência com os investidores que “a procura doméstica por sistemas múltiplos chegou a cerca de 20% (28,83 milhões de unidades) das vendas da família de sistemas da Nintendo Switch”. Por outras palavras, uma em cada cinco consolas vendidas foi para uma casa onde já havia uma Switch.
“Esperamos que a procura por múltiplos sistemas por agregado aumente, mesmo que as vendas de hardware continuem a crescer. Por regiões, estamos a assistir a crescimento significativo na Ásia e acreditamos que exista espaço para mais crescimento na Europa e nos EUA, considerando a dimensão da população”, explicou Furukawa, citado pelo ArsTechnica.
A mensagem de querer mais do que uma consola por casa já vem sendo passada por vários executivos da Nintendo. Em 2018, o Shigeru Miyamoto disse “a nossa derradeira ambição é que a Nintendo Switch seja detida não só por cada família, mas sim por cada pessoa”. Antes, em 2009, o histórico da Nintendo já tinha afirmado “em vez de vender uma consola por agregado como com a Wii, a Nintendo quer vender uma DSi por membro da família”.
Para atingir estes objetivos, surge a Switch Lite em 2019, uma versão adequada para ser a consola secundária em casa e da qual foram vendidas 8,51 milhões de unidades neste ano fiscal. Outro incentivo à utilização múltipla é a possibilidade de se salvar o progresso no jogo na cloud como parte do serviço Switch Online. Pela negativa, ter um sistema secundário em casa significa que se tem de fazer um check in online na conta de cada vez que um jogo é lançado e não podem ser jogados jogos descarregados de todo, se o outro utilizador estiver a usar a sua consola ao mesmo tempo.
O executivo da Nintendo admitiu ainda o impacto da escassez de chips na produção de consolas Switch, referindo que “a procura por hardware continua a exceder as nossas expetativas e a produção ainda não conseguiu apanhar esta procura elevada devido à escassez de fornecimento e situação da procura de materiais semicondutores em todo o mundo. Estamos a tentar produzir o máximo de unidades possível, mas é um facto que os nossos planos de produção são mais incertos do que eram no início de anos fiscais anteriores”.