Logo depois de ter tomado posse, Donald Trump alargou o prazo para a ByteDance concretizar a venda da TikTok nos EUA ou ser proibida de operar naquele país. O prazo de 75 dias terminou neste sábado, mas o presidente assinou uma nova extensão. “Não queremos que a TikTok se ‘desligue’. Estamos ansiosos para trabalhar com a ByteDance e a China e concretizar o negócio”, escreveu Trump na plataforma Truth Social.
O TikTok conta com mais de 170 milhões de utilizadores nos EUA e os responsáveis da ByteDance confirmaram, em comunicado de imprensa na sexta-feira, que estão em discussões com a atual administração norte-americana, embora um acordo ainda não tenha sido alcançado. De recordar que foi durante a administração do presidente Joe Biden que foi aprovada a lei no Congresso que obriga a ByteDance à venda do TikTok. O argumento é que a TikTok pode ser usada como ferramenta de espionagem e manipulação por parte do governo chinês . Na altura, o Congresso determinou que a empresa chinesa tinha seis meses para vender a operação ou ser definitivamente suspensa.
Agora, Trump explica que “o negócio requer mais trabalho para assegurar que todas as aprovações necessárias estão assinadas”. Fontes próximas revelam que o acordo esteve quase finalizado na quarta-feira passada, mas acabou por ruir após Donald Trump anunciar as tarifas globais que incluem a China. Agora, representantes da ByteDance terão contactado para informar que a China não aprovaria o acordo a não ser que fossem feitas negociações sobre estas tarifas, noticia a CBS News.
Neste plano, Trump iria assinar a ordem que dava um prazo de 120 dias para o acordo ficar concluído. O negócio teve aprovação de investidores atuais, novos investidores, ByteDance e governo dos EUA, acabando a China por recuar depois do anúncio das tarifas.
Entre os potenciais compradores da TikTok nos EUA estão a Amazon, o cofundador da Reddit em parceria com Frank McCourt e Kevin O’Leary, a Microsoft, a Blackstone, a Andreessen Horowitz e a Perplexity AI.