Numa carta partilhada pela organização Artist Rights Alliance (ARA), artistas deixam um apelo às empresas tecnológicas e developers de soluções de IA, assim como às plataformas e serviços digitais de música. Apelam ao fim do uso de IA para “desrespeitar e desvalorizar os direitos dos artistas humanos”. Os artistas querem também que as empresas, developers, plataformas e serviços se comprometam a “não desenvolver ou implementar tecnologia de criação de música por IA”.
Em questão está ainda a criação ou utilização de conteúdo ou ferramentas que prejudiquem ou substituam o talento artístico humano ou que neguem aos artistas uma remuneração justa pelo seu trabalho.
Entre os mais de 200 signatários da carta contam-se, por exemplo, Billie Eilish, Nicki Minaj, Pearl Jam, Jon Bon Jovi, Katy Perry, J Balvin, Imagine Dragons, Greta Van Fleet, e os donos dos patrimónios de Bob Marley e Frank Sinatra.
Por um lado, os signatários defendem que, quando usada de forma responsável, a IA tem o potencial para fazer avançar a criatividade humana e para permitir o desenvolvimento de novas experiências para os fãs de música. Por outro, quando a tecnologia representa uma ameaça por ser usada de modo irresponsável.
A carta denuncia que algumas plataformas e developers estão a usar IA para sabotar a criatividade e prejudicar artistas, compositores e detentores de direitos autorais.
“Algumas das maiores e mais poderosas empresas estão a usar o nosso trabalho sem permissão para treinar modelos de IA”, pode ler-se na carta. “Este ataque à criatividade humana tem de ser parado”, realça o conjunto de artistas.