A Facebook desativou a conta de Instagram a uma artista e tecnóloga australiana, cujo nome de utilizadora era “metaverse”, depois de anunciar em outubro deste ano que a empresa mudaria o seu nome para Meta.
Thea-Mai Baumann, de origem vietnamita, documentava na sua conta, desde 2012, a sua vida em Brisbane, na Austrália, onde estudou artes plásticas, e as suas viagens para Xangai, na China, onde construiu uma empresa de realidade aumentada chamada Metaverse Makeovers. Com menos de 1000 seguidores, começou por receber mensagens de desconhecidos a oferecem-se para comprar o seu nome de utilizador e a afirmarem que era uma nova milionária. No dia 2 de novembro, ao tentar entrar no Instagram, foi notificada de que a conta tinha sido bloqueada por fingir ser outra pessoa. Após tentar verificar a sua identidade sem sucesso, recorreu a um advogado que lhe disse que apenas podia pagar uma revisão dos termos de serviço da plataforma.
Para Baumann, esta foi mais uma forma de discriminar as “mulheres da tecnologia e as mulheres de cor em tecnologia”, disse. A sua empresa, Metaverse Makeoveres, criava, já muito antes do Pokémon Go ou dos filtros do Snapchat e do Instagram, hologramas a saltar de unhas quando um telemóvel, com a sua aplicação em execução, era colocado sobre unhas reais. Investiu ainda em roupas e acessórios a nível tecnológico, mas, em 2017, acabou por se focar na arte ao não ter como continuar a investir. Nesta altura, Mark Zuckerberg criava ainda a sua visão do metaverso.
A 2 de dezembro, a Meta foi contactada pelo The New York Times que questionou o motivo da conta ter sido desativada, ao qual esta respondeu que a conta tinha sido removida incorretamente por falsificação de identidade e que seria restaurada. De acordo com a publicação, e embora a Meta tenha lamentado o sucedido e disponibilizado a conta dois dias depois, a empresa não explicou se o erro estava relacionado com o rebranding da Facebook.
Já com a conta ativa, Thea-Mai Baumann quer transformar esta história num projeto que começou no ano passado, P∞st Lyfe, sobre a morte do metaverso e quer ajudar a garantir que este se torna um lugar, verdadeiramente, inclusivo.