A Direção-Geral de Educação (DGE) acaba de lançar um site de compilação e distribuição de ferramentas que facilitam o ensino à distância – e em especial através da Internet. O site Apoio às Escolas foi desenvolvido em parceria com a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) como forma de dar resposta ao fecho das escolas e ao isolamento promovido pelas autoridades nacionais para conter o contágio com o novo Coronavírus. A DGE informa ainda que foi criado um endereço de email para receber dúvidas, sugestões ou solicitações da comunidade escolar.
A DGE aconselha professores e alunos a estabelecerem contacto logo nos primeiros dias de isolamento, a fim de dar início à partilha de canais de comunicação e ferramentas. A mesma DGE recorda que, tendo em conta a heterogeneidade de conhecimentos de informática, tecnologias disponíveis e até de acessos à Internet nos diferentes lares, as escolas deverão começar por adotar as ferramentas mais simples e só gradualmente poderão evoluir para soluções mais complexas, caso sejam viáveis.
A DGE recomenda ainda que, na medida do possível, as atividades letivas que vão ser levadas a cabo remotamente sejam mediadas pelos encarregados de educação.
Também deverão ser privilegiadas atividades assíncronas, que permitem que os alunos respondam aos diferentes exercícios em tempo diferido, sem grandes consumos de largura de banda ou ferramentas associadas à execução de funcionalidades em tempo real.
“Em cada escola/agrupamento deve ser criada uma equipa de apoio aos restantes docentes, quer porque o trabalho dos docentes estará também a ser feito a distância, quer porque poderá haver algumas pessoas menos experientes neste tipo de modalidade de ensino. Esta equipa poderá ainda organizar sessões de formação a distância ou disponibilizar recursos para autoaprendizagem”, refere a DGE em comunicado.
Os responsáveis pela iniciativa Apoio às Escolas, referem ainda que, “brevemente, a DGE irá disponibilizar um curso sobre metodologias de ensino a distância, procurando também desta forma apoiar as escolas e os seus docentes”.
No comunicado, a DGE remete para a autonomia das escolas a escolha das ferramentas mais adequadas para cada currículo e grau de ensino, mas defende que “deve ser evitada a proliferação de ferramentas e de plataformas para que haja uma harmonização de métodos de ensino e aprendizagem, em cada ciclo e com isto facilitar a concentração dos alunos nos espaços digitais”.
“Terá de haver enorme cuidado para que todos os alunos, independentemente dos dispositivos que utilizem e do software instalado, tenham acesso aos recursos disponibilizados pela escola. Deverá ser utilizado software de livre acesso e não muito exigente do ponto de vista tecnológico ou de largura de banda”, acrescenta a DGE.
Para professores e alunos que embarcam nestas ferramentas de ensino à distância, a DGE deixa ainda uma referência para as recomendações da UNESCO sobre esta matéria.