Se viaja com alguma frequência, é bastante provável que já se tenha deparado com uma situação em que o voo em que deveria embarcar se atrasou bastante ou foi até cancelado. Em algumas dessas situações há uma base legal que lhe permite avançar com um pedido de indemnização que pode chegar até aos €600, mas a questão é conseguir identificar precisamente quais são essas situações. É aqui que entra a AirHelp, uma empresa especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos e na obtenção de compensações por perturbações em voos.
A AirHelp lançou agora a Lara, uma espécie de advogada virtual impulsionada por Inteligência Artificial (IA) que visa determinar a viabilidade de sucesso judicial. Porém, o utilizador nem vai dar por ela, uma vez que apenas necessita de utilizar o site ou a app da AirHelp, registar-se gratuitamente e introduzir os dados do voo.
Como explica fonte oficial da empresa à Exame Informática, «a AirHelp informa automaticamente se o voo tem direito a compensação e qual o montante». Depois, se o utilizador quiser prosseguir com o pedido de compensação, a empresa trata de todo o processo, contactando as companhias e, se necessário, levando o caso a tribunal. Além disso, «o passageiro pode ainda conectar a AirHelp à caixa de email, que fará um scan automático para detetar voos que aconteceram nos últimos 3 anos que podem ser elegíveis para compensação».
Ganhar e pagar, perder e esquecer
A Lara foi alimentada com base na experiência de milhares de pedidos bem-sucedidas em cerca de 30 jurisdições, sendo que tem incluído no seu sistema a legislação portuguesa, «sempre com base no regulamento EC261», refere a AirHelp. A empresa destaca ainda que esta IA está programada para avaliar, por exemplo, o status do voo, estatísticas do aeroporto e relatórios meteorológicos, conseguindo obter uma avaliação correta em 95% dos casos, o que supera a taxa média de avaliação humana de 91% em cenários semelhantes.
Contudo, não se pense que o processo é integralmente gratuito. Tipicamente, a AirHelp tem uma comissão de 25% do valor da compensação recebida pelo cliente, embora a verba possa chegar a um máximo de 50% se for necessário recorrer a um advogado para tomar medidas judiciais. Convém, porém, deixar uma ressalva importante: se o cliente não ganhar o caso, não é cobrado qualquer valor. A lista detalhada de preços está disponível online.